Da Folha de S.Paulo
Negligenciada por muitos, um bloqueio para outros, a prova de língua estrangeira dos vestibulares pode ser a diferença entre ser aprovado ou não. A palavra-chave, segundo professores de cursinho, é leitura.
"O aluno tem que ler. Pegar tudo o que caia em suas mãos em inglês. De revista até propaganda, passando pelos textos informativos dos canais de TV estrangeiros. No começo, todo mundo tem dificuldade, mas, aos poucos, o conhecimento vai sendo acumulado", afirma a coordenadora de inglês do Objetivo, Maria Cristina Armaganijan.
"A compreensão da língua não se faz de um dia para o outro. É uma continuidade, um processo lento."
A professora e autora do material de inglês do Anglo Sirlene Aparecida Aarão explica que o conhecimento de mundo pode influenciar na pontuação. "Ser uma pessoa plugada, saber das coisas que acontecem no mundo facilita o entendimento de textos. Por isso é importante ler, até mesmo em português", diz.
De acordo com Sirlene, uma boa fonte de informação é a rede mundial de computadores. "A Internet dá acesso a inúmeras publicações. Não é possível devorar revistas estrangeiras, porque elas são caras. Mas fontes variadas estão disponíveis no computador. Os alunos não usam essas ferramentas com todo o potencial."
O estudante Bruno Henrique Suzuki, 19, que vai prestar vestibular para relações internacionais, é um dos que exercitam o idioma em contato com o computador. "Para a Internet, é fundamental saber inglês. Por mais que exista orkut [www.orkut.com, site de relações e comunidades virtuais] em português, é preciso saber inglês. Senão, em algum momento você fica perdido."
Além do uso na informática, Bruno tem contato com a língua em músicas (principalmente rock) e filmes. "Encaro a prova de inglês como oito pontos ganhos na Fuvest", diz confiante. "Não sou tão dedicado para o inglês quanto sou para física, por exemplo. O inglês não é a prioridade, mas não o deixo de lado."
Até 2003, Bruno fez curso de idiomas em uma escola especializada. Mesmo assim, não despreza as aulas do cursinho. "Elas são boas para não perder o contato com a língua. Na aula, o professor orienta a ficar esperto, dá dicas para os exames", afirma.
O que não ler
Apesar de enfatizar a importância da vivência e da leitura, a professora Maria Cristina aponta que quadrinhos, por exemplo, podem não ser boas referências. "Gibi tem muita gíria -o que não ajuda na prova. Gíria é dinâmica demais", diz. "Já música é bom quando a letra tem seqüência lógica, como a dos Beatles. As muito modernas podem não ajudar."
Nas aulas do cursinho, a professora prefere não utilizar músicas. "Os alunos acabam prestando atenção no ritmo e não na letra", afirma. "O que é lúdico pode atrair o estudante. Mas se o aluno não sentar e estudar, nada disso serve. Todo mundo acha que sabe inglês. Só que, quando o vestibulando pensa assim, ele pára e deixa de aprender."
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2771u6.jhtm acessado em: 17.07.08
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Para interpretar o inglês, é preciso entender bem - Wilson Libetaro*
Especial para a Folha de S. Paulo
A compreensão ou intelecção de textos envolve o ato de perceber, conceber, entender -enfim, compreender uma declaração, situação ou problema.
Além de conhecer ou ter noções sobre o assunto a que a passagem se refere, o leitor precisa ser capaz de detectar sutilezas de linguagem, tais como ironias, desdéns, trocadilhos, associações, referências, ambigüidades etc.
Por sua vez, a interpretação decorre, primeiramente, de um bom entendimento. Ela envolve o ato de deduzir, inferir, julgar -decifrar o teor de uma mensagem dentro de parâmetros precisos e convincentes.
Em resumo: o que é para compreender está explícito no texto (ou na imagem). O que é para interpretar está implícito. É o que está subjacente, nas entrelinhas. Há quem prefira abarcar os conceitos de compreensão e de interpretação sob a denominação de "apreensão".
Nos vestibulares, geralmente pede-se a compreensão por meio do seguinte enunciado: "De acordo com o texto..." Já as questões de interpretação, menos freqüentes, podem começar com "Infere-se do texto..."
Tomemos como exemplo de questão interpretativa a conhecida fábula de Esopo, "The Ant and the Grasshopper" ("A Cigarra e a Formiga") como o texto dado. (Em inglês, o nome do inseto é gafanhoto, e não cigarra). A questão seria: We may infer that the grasshopper is:
a) lazy; b) masochist; c) smart; d) careless.
Qual a opção correta? A cigarra não era preguiçosa (exercia seu ofício de cantora à exaustão), nem masoquista, nem esperta. Ela era, isto sim, imprevidente, descuidada; não pensava no futuro. Letra "d".
*Wilson Libetaro é professor do Anglo, mestre em lingüística aplicada ao ensino de línguas pela PUC/SP e autor de obras de inglês para os ensinos fundamental e médio (Editora FTD)
A compreensão ou intelecção de textos envolve o ato de perceber, conceber, entender -enfim, compreender uma declaração, situação ou problema.
Além de conhecer ou ter noções sobre o assunto a que a passagem se refere, o leitor precisa ser capaz de detectar sutilezas de linguagem, tais como ironias, desdéns, trocadilhos, associações, referências, ambigüidades etc.
Por sua vez, a interpretação decorre, primeiramente, de um bom entendimento. Ela envolve o ato de deduzir, inferir, julgar -decifrar o teor de uma mensagem dentro de parâmetros precisos e convincentes.
Em resumo: o que é para compreender está explícito no texto (ou na imagem). O que é para interpretar está implícito. É o que está subjacente, nas entrelinhas. Há quem prefira abarcar os conceitos de compreensão e de interpretação sob a denominação de "apreensão".
Nos vestibulares, geralmente pede-se a compreensão por meio do seguinte enunciado: "De acordo com o texto..." Já as questões de interpretação, menos freqüentes, podem começar com "Infere-se do texto..."
Tomemos como exemplo de questão interpretativa a conhecida fábula de Esopo, "The Ant and the Grasshopper" ("A Cigarra e a Formiga") como o texto dado. (Em inglês, o nome do inseto é gafanhoto, e não cigarra). A questão seria: We may infer that the grasshopper is:
a) lazy; b) masochist; c) smart; d) careless.
Qual a opção correta? A cigarra não era preguiçosa (exercia seu ofício de cantora à exaustão), nem masoquista, nem esperta. Ela era, isto sim, imprevidente, descuidada; não pensava no futuro. Letra "d".
*Wilson Libetaro é professor do Anglo, mestre em lingüística aplicada ao ensino de línguas pela PUC/SP e autor de obras de inglês para os ensinos fundamental e médio (Editora FTD)
YOU´RE BEAUTIFUL - James Blunt
My life is brilliant.
My love is pure.
I saw an angel.
Of that I'm sure.
She smiled at me on the subway.
She was with another man.
But I won't lose no sleep on that,
'Cause I've got a plan.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.
Yeah, she caught my eye,
As we walked on by.
She could see from my face that I was,
Flying high,
And I don't think that I'll see her again,
But we shared a moment that will last till the end.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that I should be with you.
But it's time to face the truth,
I will never be with you.
My love is pure.
I saw an angel.
Of that I'm sure.
She smiled at me on the subway.
She was with another man.
But I won't lose no sleep on that,
'Cause I've got a plan.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.
Yeah, she caught my eye,
As we walked on by.
She could see from my face that I was,
Flying high,
And I don't think that I'll see her again,
But we shared a moment that will last till the end.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that I should be with you.
But it's time to face the truth,
I will never be with you.
You´re Beautiful
Você é linda )
Minha vida é brilhante.
Meu amor é puro
Eu vi um anjo.
Disso tenho certeza
Ela sorriu pra mim no metrô.
Ela estava com outro homem.
Mas não perderei o sono por isso
Porque tenho um plano.
refrão:
Você é linda. Você é linda.
Você é linda. É verdade.
Eu vi seu rosto num lugar lotado
E não sei o que fazer,
porque nunca estarei com você.
Sim, ela chamou minha atenção
Enquanto nós passamos um pelo outro
Ela poderia ver no meu rosto que eu estava
Voando alto
E eu não acho que a verei novamente
mas nós compartilhamos um momento que durará até o
fim.
refrão:
Você é linda
Você é linda
Você é linda, é verdade
Eu vi seu rosto num lugar lotado
E eu não sei o que fazer
Pois nunca vou ficar com você...
Você é linda. Você é linda.
Você é linda. É verdade.
Deve ser um anjo com um sorriso no rosto
Quando ela pensou que eu deveria estar com você
Mas é hora de encarar a verdade
Eu nunca ficarei com você...
Minha vida é brilhante.
Meu amor é puro
Eu vi um anjo.
Disso tenho certeza
Ela sorriu pra mim no metrô.
Ela estava com outro homem.
Mas não perderei o sono por isso
Porque tenho um plano.
refrão:
Você é linda. Você é linda.
Você é linda. É verdade.
Eu vi seu rosto num lugar lotado
E não sei o que fazer,
porque nunca estarei com você.
Sim, ela chamou minha atenção
Enquanto nós passamos um pelo outro
Ela poderia ver no meu rosto que eu estava
Voando alto
E eu não acho que a verei novamente
mas nós compartilhamos um momento que durará até o
fim.
refrão:
Você é linda
Você é linda
Você é linda, é verdade
Eu vi seu rosto num lugar lotado
E eu não sei o que fazer
Pois nunca vou ficar com você...
Você é linda. Você é linda.
Você é linda. É verdade.
Deve ser um anjo com um sorriso no rosto
Quando ela pensou que eu deveria estar com você
Mas é hora de encarar a verdade
Eu nunca ficarei com você...
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Using the verbs 'look', 'see' and 'watch'
Karen Adams answers:
'Look', 'see' and 'watch' seem very similar, they all talk about different ways of using your eyes. However, there are two very important differences. It depends on how you intend to look or watch and how intense the looking is. When we say 'see' we are normally talking about things we can't avoid – so for example, "I opened the curtains and saw some birds outside." - I didn't intend to see them, it just happened. However, when we use the verb 'look', we're talking about seeing something with an intention. So, "this morning I looked at the newspaper" – I intended to see the newspaper.
When we watch something, we intend to look at it but we're also looking at it quite intensely, usually because it's moving. So, for example, "I watched the bus go through the traffic lights." "I watched the movie." We want to see it, we're looking at it intensely and it's normally moving.
When we use verbs of the senses, and this group, 'look', 'see' and 'watch' are verbs of visual sense, there's usually a difference between intention and non-intention, so, for example, "I heard the radio." - I didn't intend to, it just happened, or, "I listened to the radio" - I switched it on to find my favourite programme. Similarly, "I felt the wind on my face." - I didn't intend to feel this, it just happened, or "I touched the fabric." - I intended to feel the fabric.
It's important when you find these verbs of the senses to gather them together and try to find the differences between them. Remember that when you look at words which seem to be similar it's important to find out exactly the differences between them because basically you can't really use them interchangeably.
Remember, 'see' – you didn't really intend to, it just happened; 'look' – you intended to do it; and watch you intended to do it and you were looking intensely, usually because it was moving.
http://educacao.uol.com.br/ingles-bbc/grammar/grammar17.jhtm acesso em 14/07/08
'Look', 'see' and 'watch' seem very similar, they all talk about different ways of using your eyes. However, there are two very important differences. It depends on how you intend to look or watch and how intense the looking is. When we say 'see' we are normally talking about things we can't avoid – so for example, "I opened the curtains and saw some birds outside." - I didn't intend to see them, it just happened. However, when we use the verb 'look', we're talking about seeing something with an intention. So, "this morning I looked at the newspaper" – I intended to see the newspaper.
When we watch something, we intend to look at it but we're also looking at it quite intensely, usually because it's moving. So, for example, "I watched the bus go through the traffic lights." "I watched the movie." We want to see it, we're looking at it intensely and it's normally moving.
When we use verbs of the senses, and this group, 'look', 'see' and 'watch' are verbs of visual sense, there's usually a difference between intention and non-intention, so, for example, "I heard the radio." - I didn't intend to, it just happened, or, "I listened to the radio" - I switched it on to find my favourite programme. Similarly, "I felt the wind on my face." - I didn't intend to feel this, it just happened, or "I touched the fabric." - I intended to feel the fabric.
It's important when you find these verbs of the senses to gather them together and try to find the differences between them. Remember that when you look at words which seem to be similar it's important to find out exactly the differences between them because basically you can't really use them interchangeably.
Remember, 'see' – you didn't really intend to, it just happened; 'look' – you intended to do it; and watch you intended to do it and you were looking intensely, usually because it was moving.
http://educacao.uol.com.br/ingles-bbc/grammar/grammar17.jhtm acesso em 14/07/08
Ordem das palavras pode interferir no conteúdo da mensagem
Por Thaís Nicoleti
Em uma prova aplicada pela Unicamp em 1997, propôs-se aos vestibulandos a leitura de duas cartas publicadas na imprensa: uma era o pedido de demissão do então ministro da Saúde, Adib Jatene, ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e a outra era a resposta.
Os trechos dessas cartas que aqui nos interessam estão reproduzidos abaixo:
"Repito a frase aprendida de Vossa Excelência: "A política não é a arte do possível. É a arte de tornar o possível necessário." (Adib Jatene)
"Exatamente porque acredito que é preciso tornar possível o necessário, apoiei a CPMF e fiz, junto consigo, os esforços para aumentar a dotação do Ministério da Saúde." (Fernando Henrique Cardoso)
Propõe a Unicamp a seguinte questão: "Pelo que se lê no primeiro parágrafo das duas cartas, Jatene teria aprendido com Fernando Henrique o conceito de política que procurou aplicar enquanto ministro, mas uma leitura atenta desses parágrafos aponta uma grande diferença. Explique essa diferença".
Segundo Jatene, a política é "a arte de tornar o possível necessário" e, segundo FHC, a política é "a arte de tornar possível o necessário". Tanto "possível" quanto "necessário" são adjetivos, mas, com a anteposição do artigo, podem tornar-se substantivos. Assim, o termo antecedido de artigo será o objeto direto de "tornar", ou seja, o alvo da transformação, enquanto o outro termo, que conservará sua condição de adjetivo, será o que a análise sintática denomina "predicativo do objeto", ou seja, o termo que expressará o estado ou a característica posterior do objeto (a condição adquirida após o processo de transformação).
A lição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é clara: segundo ele, é preciso detectar as necessidades da população e tornar possível o seu atendimento. No texto de Jatene, que afirma estar repetindo a frase aprendida de FHC, inverte-se o sentido da proposição. Segundo Jatene, é preciso fazer que aquilo que já é possível seja necessário - não soubéssemos nós que o autor da frase apenas se equivocou, poderíamos imaginar estar ele nos ensinando alguma lição maquiavélica de política.
É importante observar como a simples posição do artigo, nesse caso, pode alterar significativamente o conteúdo da mensagem.
Um abraço,
Thaís Nicoleti
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u764.jhtm acesso em 14/07/08
Em uma prova aplicada pela Unicamp em 1997, propôs-se aos vestibulandos a leitura de duas cartas publicadas na imprensa: uma era o pedido de demissão do então ministro da Saúde, Adib Jatene, ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e a outra era a resposta.
Os trechos dessas cartas que aqui nos interessam estão reproduzidos abaixo:
"Repito a frase aprendida de Vossa Excelência: "A política não é a arte do possível. É a arte de tornar o possível necessário." (Adib Jatene)
"Exatamente porque acredito que é preciso tornar possível o necessário, apoiei a CPMF e fiz, junto consigo, os esforços para aumentar a dotação do Ministério da Saúde." (Fernando Henrique Cardoso)
Propõe a Unicamp a seguinte questão: "Pelo que se lê no primeiro parágrafo das duas cartas, Jatene teria aprendido com Fernando Henrique o conceito de política que procurou aplicar enquanto ministro, mas uma leitura atenta desses parágrafos aponta uma grande diferença. Explique essa diferença".
Segundo Jatene, a política é "a arte de tornar o possível necessário" e, segundo FHC, a política é "a arte de tornar possível o necessário". Tanto "possível" quanto "necessário" são adjetivos, mas, com a anteposição do artigo, podem tornar-se substantivos. Assim, o termo antecedido de artigo será o objeto direto de "tornar", ou seja, o alvo da transformação, enquanto o outro termo, que conservará sua condição de adjetivo, será o que a análise sintática denomina "predicativo do objeto", ou seja, o termo que expressará o estado ou a característica posterior do objeto (a condição adquirida após o processo de transformação).
A lição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é clara: segundo ele, é preciso detectar as necessidades da população e tornar possível o seu atendimento. No texto de Jatene, que afirma estar repetindo a frase aprendida de FHC, inverte-se o sentido da proposição. Segundo Jatene, é preciso fazer que aquilo que já é possível seja necessário - não soubéssemos nós que o autor da frase apenas se equivocou, poderíamos imaginar estar ele nos ensinando alguma lição maquiavélica de política.
É importante observar como a simples posição do artigo, nesse caso, pode alterar significativamente o conteúdo da mensagem.
Um abraço,
Thaís Nicoleti
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u764.jhtm acesso em 14/07/08
Assinar:
Postagens (Atom)